O e-commerce brasileiro continua sua trajetória de crescimento e se consolida como um dos principais motores da economia nacional. De acordo com a pesquisa Panorama do Ecommerce no Brasil, o setor registrou um aumento de 50% em seu faturamento comparado aos níveis observados antes da pandemia.
Segundo a projeção da ABComm, o e-commerce brasileiro deverá atingir R$ 205,11 bilhões até o final de 2024.
Pix se consolida como o método de pagamento favorito dos brasileiros
O estudo também revela que o Pix se tornou o método de pagamento mais popular no comércio digital brasileiro, representando mais de 25% das transações. Em 2023, o Banco Central registrou um total de R$ 17,18 trilhões movimentados por esse meio, e a expectativa é que o Pix responda por 35% das transações no comércio eletrônico até 2026, segundo a Worldpay.
Nordeste se destaca com o maior ticket médio
O Nordeste brasileiro se posicionou como a segunda maior região em vendas online no primeiro trimestre de 2024, superando a região Sul. A pesquisa indica que o Nordeste registrou um ticket médio de R$ 338,60 no período, representando 16,4% do faturamento total do e-commerce. Em comparação, o ticket médio da região Sul foi de R$ 306,20, com um market share de 15,9%. O Sudeste lidera o mercado com 58% de participação, mas fica atrás do Nordeste no ticket médio, com R$ 213,70.
Curiosamente, a região Norte, apesar de ter a menor participação de mercado (2,5%), apresentou a maior média de gasto por compra, com R$ 368,70.
Frete grátis em declínio estratégico
Para otimizar suas margens de lucro, os varejistas têm sido mais seletivos na oferta de frete grátis. A participação das vendas com frete grátis diminuiu gradativamente desde 2021, caindo para 54,2% em janeiro de 2024. As categorias que mais oferecem frete grátis são telefonia (72,5%), perfumaria (71,1%), pet shop (66,6%) e farmácia e saúde (65,9%).
Mulheres impulsionam o crescimento em diversas categorias
As mulheres seguem sendo as principais responsáveis pelo crescimento do e-commerce brasileiro, representando 61,3% das vendas em março de 2024. Em quase todas as categorias, as mulheres têm maior participação nas vendas, com exceção de telefonia (49,2%), casa e construção (43,9%), eletrônicos (42,4%) e informática (39%). Algumas das categorias com maior participação feminina incluem:
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Beleza e perfumaria (74,7%)
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Moda e acessórios (72%)
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Pet shop (85,4%)
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Móveis (61,9%)
E-commerce no Brasil: Faturamento de R$ 204,3 bilhões em 2024
Em 2024, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento de R$ 204,3 bilhões, representando um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. O volume de pedidos chegou a 414,9 milhões, com um ticket médio de R$ 492,40. O número de compradores online alcançou 91,3 milhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
No aspecto social, as mulheres se destacaram como as principais consumidoras do e-commerce. A região Sudeste foi a mais ativa em transações digitais, com São Paulo liderando o volume de vendas no país.
A classe C se destacou como a faixa econômica com maior participação, evidenciando o impacto do acesso à tecnologia e da inclusão financeira.
Projeções para 2025
Com o fortalecimento contínuo do e-commerce e a crescente confiança dos consumidores no ambiente digital, a ABComm projeta um faturamento de R$ 234,9 bilhões para 2025. O ticket médio deve alcançar R$ 539,28, enquanto o volume de pedidos pode chegar a 435,6 milhões, impulsionado por 94,05 milhões de compradores.
A expectativa otimista é sustentada por fatores como o lançamento do Drex (real digital), desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, e a ampliação das opções de pagamento digital, previstas para o restante de 2025.
Mauricio Salvador, presidente da ABComm, ressalta: “A transformação digital é irreversível. O e-commerce continua a evoluir com inovações, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada. O crescimento do setor fortalece o varejo como um todo e cria mais oportunidades para empresas de todos os tamanhos.”